- quero duas colheres de açucar por favor...
(que ouriço! Credo... meu Deus esta gente não sabe viver...)
- Então como vai a sua menina Maria do Carmo? já foi para a terra do noivo conhecer os futuros sogros? é verdade que o seu futuro cunhado herdará a fábrica de lanifícios Rodrigues da Covilhã? Que bom! deve estar contentíssima...
(esse é que era homem para a minha filha, não para aquela engomadinha que nem falar sabe...)
- Então onde se conheceram? oh! que giro! no baile aqui no casino... deve ter sido tão romântico!
(bem disse à tonta da minha filha para vir até cá em vez de escrever rabiscos em papelinhos para o filho do merceeiro)
- Então amigas como vamos fazer neste Natal para com os pobrezinhos? estive a pensar em roupinhas de criança, até tenho de parte as que ficaram da minha Jeninha, mais uns bolinhos e croquetes para os meninos do sanatório e uns napronzinhos de croché filigranados das mesinhas de cabeceira para os do Bairro de São Julião, se as tiverem claro. Com essa gente não podemos contar com nada, talvez nem saibam o que é isso. São tão mal agradecidos...
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