sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Frase do dia...

Não tenho a menor dúvida de que não há, na língua portuguesa, quem me chegue aos calcanhares. E nada disto tem a ver com vaidade porque, como sabe, sou modesto e humilde.

António Lobo Antunes, na Visão desta semana.


Ele tem razão... Eu concordo.
Mas gostaria de ter sido eu a afirmar isto sobre ele, e não ele sobre ele próprio.

Já Torga tinha essa mania... O que vou fazer???

Não tenho a menor dúvida que não vou deixar de ler os seus livros...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A actualidade do que se escreveu no passado




(clicar na imagem para ver a notícia)



Zebedeu [um de muitos peseudónios de António Augusto Gonçalves], "Banalidades", O Debate, n.º179, 5 de Dezembro de 1915, p.1.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Aquilo que vejo em muitos museus... pó e gente que dorme

Muzeum

Są talerze, ale nie ma apetytu.
Sa obrączki, ale nie ma wzajemności
od co najmniej trzystu lat.

Jest wachlarz - gdzie rumieńce?
Są miecze - gdzie gniew?
I lutnia ani brzęknie o szarej godzinie.

Z braku wieczności zgromadzono
dziesieć tysięcy starych rzeczy.
Omszały woźny drzemie słodko
zwiesiwszy wąsy nad gablotką.

Metale, glina, piórko ptasie
cichutko tryumfują w czasie.
Chichocze tylko szpilka po śmieszce z Egiptu.

Korona przeczekała głowę.
Przegrała dłoń do rękawicy.
Zwyciężył prawy but nad głową.

Co do mnie, żyję, proszę wierzyć.
Mój wyścig z suknią nadal trwa.
A jaki ona upór ma!
A jakby ona chciała przeżyć!

Szymborska Wisława


Museu

Há pratos, mas falta apetite.
Há alianças, mas falta reciprocidade
pelo menos desde há trezentos anos.

Há o leque - onde os rubores?
Há espadas - onde há ira?
E o alaúde nem tange à hora gris.

Por falta de eternidade juntaram
Dez mil coisas velhas.
Um guarda musgoso cochila docemente
com os bigodes caindo sobre a vitrine.

Metais, barro, plumas de ave
Triunfam silenciosamente no tempo.
Apenas um alfinete da galhofeira do Egito ri zombeteiro.

A coroa deixou passar a cabeça.
A mão perdeu a luva.
A bota direita prevaleceu sobre a perna.

Quanto a mim, vivo, acreditem por favor.
Minha corrida com o vestido continua.
E que resistência tem ele!
E como ele gostaria de sobreviver!

[tradução brasileira de José Santiago]

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Dedicatória [3]



Para a Minha A. P. ... M.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Causas da decadência...(Foto VII) - Fim de um pequeno ciclo




Por uma testemunha que não os pode ver à frente com aquele paleio...

Causas da decadência... (Foto VI)



Por uma testemunha...

Causas da decadência... (Foto V)




Por uma testemunha que não tem amizade, simpatia, muito menos parentesco com os réus [Se tivesse tudo isso não estaria dempregado]

Causas da decadência... (Foto IV)




Por uma testemunha que não tem amizade, simpatia, muito menos parentesco com os reus

Causas da decadência... (Foto III)




Por uma testemunha que não tem amizade, simpatia, muito menos parentesco com os reus

Causas da decadência (Foto II)




Por uma testemunha que não tem amizade, simpatia, muito menos parentesco com os reus

Causas da decadência dos povos penínsulares... especficidade - Portugal século XX (Foto I)




Por uma testemunha que não tem amizade, simpatida, muito menos parentesco com réus...

terça-feira, 11 de setembro de 2007

imagem com gente dentro [13]




Barcos xavelhas, canoas, linhas, velas, Homens... Câmara de Lobos: Conjugação do jugo matricial, da âncora que não se desfaz mesmo depois de muitos anos. Sentido(s) de pertença...

Câmara de Lobos: Tenho comigo a mágua de te terem reduzído a uma simples carraça do cão sentado.

Pelo sorriso directo e espontâneo que os teus dão à vida...


Baía de Câmara de Lobos, algures na década de 40

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Requiem operático [2]



Não gosto de Verdi, com a suas operazitas de faca e alguidar ... sem substância (tirando o Falstaf... essa é muito interessante)

Mas fez um monumento digno de registar. O seu Requiem operático... um digno registo para salvar os mortos da condenação eterna...

neste excerto canta a diva Luba orgonasova... uma voz admirável.

Versão de J. E. Gardiner ( a melhor que conheço).

Requiem operático




E lá ficaram os pecados do mundo porque assim é a vida...

(seu depravado)

Cataráticos dos ouvidos...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Arvo Part... em acordeon!!! interessante.



Um dos compositores contemporâneos da minha preferência é, sem dúvida, Arvo Part.
Há quem não goste da sua lógica minimalista e insinue que esta pouco cria mais do que transes místicas, de shivas e afins (cristianizados pois claro!!!)e pozinhos de perlim pim pim...

Peço somente a esses que, numa ânsia desesperada, catalogam tudo

(sim eu sei, eu sou o dono do mundo, eu é que sei porque eu percebo e faço aquilo e isto e não sei se me está a compreender, ai não?)

para tentar compreender o mundo em que vivemos... procurem primeiro despojar a alma de todos os elementos sonoros ulteriores e oiçam como se fosse pela primeira vez, um qualquer excerto de Part.

Talvez seja pedir muito... eu sei. Oiçam então as primeiras obras em escrita dodecafónica... aí já gostam... não é?

Olha deixaste cair a chaves do carro. (FMI, José Mário Branco)

Está bem... Pronto. Já parei.

Deparei-me com este achado no You Tube e quis partilhar comigo e com os poucos que conhecem este enderreço de diarreia mental

Jota pimenta 4 Ever (FMI, José Mário Branco)

Gosto...

Por isso estou fora...SHIVAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA~~~~~~~~~~

És tão provinciano (frase dirigida à minha pessoa por um professor catarático da FLUC, um dos antros ecléticos da mamã dos bacharéis)

OK desta é de vez... não liguem por favor!!!

(A neurose faz mal às orelhas) (D.F.)

- Aos ouvidos de quem?