quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Canção de roda da minha infância [2]

Baila que Baila

Vai de roda, vai de roda
De roda sempre a rodar
Quem quiser entrar na roda
Tem que cantar e bailhar

Lá na minha freguesia
Há um parzinho engraçadinho
O Manel mais a Maria
Sabem bem este bailhinho


Baila que baila
Baila a menina forasteira
E mostra como a gente bailha
Este bailinho da Madeira

canção de roda da minha infância

Paspalhão

Lá vai o paspalhão p'ro meio
Para a roda não andar
Que anda e desanda a roda
Sem achar com quem casar
Que anda e desanda a roda
Sem achar com quem casar

Casadinhos há três dias
Olha os noivos a dançar
Quem tiver filhas no mundo
Que as trate de casar
Quem tiver filhas no mundo
Que as trate de casar


Viva o cravo, viva a rosa
Viva a flor de laranjeira
Viva o noivo deste dia
Viva a sua companheira
Viva o noivo deste dia
Viva a sua companheira

Lá no céu ia uma estrela
Atrás levava uma faixa
Que dizia viva os noivos
Que casaram na Camacha
Que dizia viva os noivos
Que casaram na Camacha

Strauss e as quatro últimas canções


Beim Schlafengehen, canta Elisabeth Schwarzkopf, belíssima.

Strauss (o alemão é claro!!!) sempre me fascinou. A sua Salomé libidinosa e a sua Electra mágica constam na minha discografia pessoal já há algum tempo.

As quatro últimas canções são um marco músical digno, pujante de lirismo e de transparência. Falei com um amigo melómano [tatuado com a foice e o martelo marxista-leninista (sim, esses ainda existem por aí)] que não suporta este compositor. Diz que as melodias straussianas transpiram fascismo ressabiado. Lembram velhos senhores caquéticos que queriam dominar o mundo sentados na sua cadeira, com um cobertor riscado sobre as pernas, à beira de uma varanda, apreciando o pôr-do-sol e o nascer do crepúsculo.
Há quem pense assim...
Nada disto figura no meu imaginário.

Ensaio sobre a cegueira (blindness) - O Filme


Ensaio Sobre a Cegueira - realização: Fernando Meireles

Não vou perder.

A parábola saramaguiana que mudou os meus olhos. Não sei se ainda consigo ver. Por enquanto reparo no que está à minha volta.

E não gosto.

AH... não gosto não...

Para uma Bárbara que conheço






Um abraço do amigo


Duarte