É uma ilha em forma de cão sentado com a cabeça inclinada para perscrutar o enigma da água. O cão tem as orelhas fitas porque recebe notícias de vento ao mesmo tempo que cheira e olha o mar. O cão está sentado no Atlântico. Herberto Helder, Photomaton & Vox
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Strauss e as quatro últimas canções
Beim Schlafengehen, canta Elisabeth Schwarzkopf, belíssima.
Strauss (o alemão é claro!!!) sempre me fascinou. A sua Salomé libidinosa e a sua Electra mágica constam na minha discografia pessoal já há algum tempo.
As quatro últimas canções são um marco músical digno, pujante de lirismo e de transparência. Falei com um amigo melómano [tatuado com a foice e o martelo marxista-leninista (sim, esses ainda existem por aí)] que não suporta este compositor. Diz que as melodias straussianas transpiram fascismo ressabiado. Lembram velhos senhores caquéticos que queriam dominar o mundo sentados na sua cadeira, com um cobertor riscado sobre as pernas, à beira de uma varanda, apreciando o pôr-do-sol e o nascer do crepúsculo.
Há quem pense assim...
Nada disto figura no meu imaginário.
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