sábado, 23 de junho de 2007

Bruckner Zen



Eis um excerto do segundo andamento da 7ª sinfonia de A. Bruckner, dirigida pelo maestro Abbado. Ainda não me esqueci da versão do mago Celibidache (mais lenta e transparente), mas recomendo esta pelo seu lirismo à flor da pele.

Meu amigos... Eu já voei ao som desta obra... sim, voei! Acordei e pensei que tinha superado o sofrimento. Levantei-me e abri as portadas da janela do meu quarto... olhei por cima da cidade e vi que o meu nirvana não modificou a sua cadência... os transeuntes desconexos subiam as ruas carregados de sacos pensativos... o sofrimento voltou... só verdadeiramente o conseguirei ultrapassar quando, num movimento colectivo, conseguirmos atingir o corte com a vida anterior e assim poderemos nos elevar até à morada da felicidade... Utopias... eu sei. Até lá, não me resigno! Procurarei uma ínfima parte da minha profecia nos sons ciclicos das sinfonias de Bruckner.
Até à eternidade...

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