terça-feira, 22 de maio de 2007

Aos amigos [aos meus...]

Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.

Os amigos que enloquecem e estão sentados, fechando os olhos, com os livros atrás a arder para toda a eternidade.

Não os chamo, e eles voltam-se profundamente dentro do fogo.

- Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.


Herberto Helder

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