segunda-feira, 15 de março de 2010

Bolaño 2666


Roberto Bolaño não é um mau escritor. Estou a acabar o livro epitetado por muitos como a sua obra-prima. Na minha singela opinião, o romance não é mau e tem passagens de alto valor literário, principalmente na última parte. O que me deixa com urticária foi a vaga bolañosa das livrarias e da editora, que fizeram passar a mensagem que estávamos perante um colosso literário e seríamos burros se não lêssemos este livro. Do escritor em si, a comichão continua. Não gosto do exibicionismo transmitido na sua obra, do género, "olha-o-quão-inteligente-e-culto-eu-sou-que-consigo-relacionar-isto-com-aquilo-com-meia-dúzia-de-referências-a-escritores-conhecidos-pelo-meio", ou então "olha-a-volta-que-eu-dou-para-apresentar-este-facto-sou-mesmo-bom-não-sou?".

Um livro decente, mas já li melhor... até escrito por autores portugueses.

Sem comentários: