Ando a pensar escrever sobre os amigos. Os meus. Não sei o que se passa, ando sem palavras. Não é uma questão de ausência. Talvez seja da extrema presença no pensamento. Acho que ainda sou muito novo só para viver de memórias, embora estas sejam visualizadas com alguma regularidade. Não por me esconder nelas. Talvez seja por uma solidão povoada de outros.
Os amigos requerem o silêncio, tendem ao silêncio, eles são o silêncio. Que melhor que o silêncio para caracterizar a vitória do prazer sobre as palavras.
Envio as mãos da água. Adormeço. E vejo.
Uma passadeira ao pé de um jardim Botânico:
- E que tal o ano da morte da música?
De um amigo para o outro.
De...
...
[silêncio]
2 comentários:
de um amigo para o outro que se tem nos braços, nas palavras que escrevemos em silêncio e que estão entre nós. depois dessa passadeira vieram as noites cheias de sonho e ...entre nós e as palavras, do cesariny, foi o que escolhemos p epígrafe do "ano da morte da música", que sempre ficará como a obra que 6 mãos escreveram ao mesmo tempo que de mãos dadas, diziam as palavras do nosso silêncio a falar. e o mundo a crescer diante de nós. entre nós e as palavras, o silêncio de um abraço em que sempre estaremos.
os dias são à noite... e as noites são de dia...
e assim foram, numa comunhão que não conseguiu matar a música que havia dentro de nós.
um céu de memórias e silêncios grita que ela ainda lá está. Dentro de cada um. A chamar pelos outros. Faça-se.
Um abraço, no presente
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