domingo, 29 de abril de 2007

Causas artificiais de um nascimento

Necrópole dos meus sentidos… Esta cidade me atormenta… fui nela que depositei as minhas esperanças de um mundo melhor… foi nela que aprendi a suplantar o mero mecanismo de viver. Não pretendo dizer que sei tudo o que o mundo contém. Não pretendo com isto afirmar que atingi aqui o meu futuro histórico ou que atingi todos os laivos separados das essências naturais… foi somente o espaço em que aprendi a sonhar com o humano deixando de lado as sinopses da ingenuidade pura e juvenil… Agora devo fugir dos seus meandros… Por mais que lhe deva a claridade de pensamento e a eterna juventude revista em cada canto, ela só vive do pretérito como repositório de almas juvenis…
Sem se afirmar para o futuro, vive de um passado decrépito e indulgente, onde um nome sonante vale mais que todas as almas que se dispõem a labutar para um devir real…Oxalá se levante… e ande… faça no tempo que virá o que nunca fez no passado… não olhar para os errantes furtivos (i)letrados como homens de mera passagem, eternos repositórios de dinheiro ambulantes, mas com a clareza de quem lhes ensina que o mundo não acaba para além do Mondego…

1 comentário:

Bárbara disse...

É importante percebermos quando temos de nos afastar de um lugar que outrora nos fez tão bem , mas que já não faz mais.

Cuida-te Du. Beijinho.